sexta-feira, 11 de junho de 2010

Os professores das quatro universidades estaduais da Bahia (UEFS, UESC, UESB e UNEB) realizaram uma manifestação em frente ao shopping Iguatemi, em Salvador, na tarde da quarta-feira (09 de junho) em protesto contra os baixos salários recebidos. A manifestação teve como objetivo relatar as condições das universidades públicas e a postura do governo do estado de se negar a negociar. Nesta data, os professores paralisaram suas atividades.
Em levantamento realizado pelas Associações dos Docentes ficou constatado que o salário recebido pelos professores das universidades estaduais baianas é o segundo pior do Nordeste, superando apenas o Maranhão.
Todas as universidades estaduais realizaram assembléias ontem, 10 de junho, para decidir os novos encaminhamentos da campanha salarial 2010. Na assembléia da Associação dos Docentes da UEFS (Adufs) os professores decidiram pela manutenção do estado de greve com nova assembleia no dia 16 de junho, às 17:30, para analisar a realização de greve por tempo indeterminado, caso o governo não apresente alguma proposta concreta.
Depois de sete meses sem apresentar propostas ao movimento, após o crescimento da mobilização docente, o governo do estado sinalizou com a possibilidade de um acordo. Os professores participam de uma reunião agora pela manhã, 11 de junho, com deputados estaduais e representantes da Secretaria de Educação e Secretaria de Administração para ouvir a proposta do governo.
Segundo o coordenador geral da Adufs, Jucelho Dantas o movimento tem esperança de que a situação se resolva, mas está disposto a continuar lutando, inclusive com a realização de uma greve, caso o governo apresente uma proposta “vazia”, sem prazos e índices concretos.
O coordenador da Adufs, Gean Santana afirma que desde o início da campanha salarial 2010 o governo tenta desmobilizar a categoria tentando “empurrar” a negociação apenas para novembro, sem se comprometer com o que seria oferecido em novembro. “ O movimento continua mobilizado buscando a negociação”, ressalta Gean.
Os professores estão reivindicando a incorporação da gratificação de 70 % da CET - Condições Especiais de Trabalho, a resolução de problemas referentes as questões relacionadas a promoção e progressão na carreira e mudança de regime de trabalho; pela revogação da Lei 7.176, que interfere na autonomia das universidades estaduais e por recursos que melhorem as condições de trabalho (falta de professores, servidores, salas, equipamentos etc).
UNEB já em greve
A assembleia da Associação dos Docentes da UNEB aprovou a realização imediata da greve com nova assembléia no dia 17 de junho. Até lá, os professores realizarão várias atividades de manifestação. Na UESB, os professores decidiram paralisar as atividades até segunda-feira, 14 de junho, quando realizarão nova assembleia. Na UESC os professores decidiram manter o estado de greve e marcar a próxima assembléia para o dia 14 de junho.
Jornal Feira HOJE.
UEFS
A assembleia da Associação dos docentes da UEFS aprovou em reunião manter o estado de greve e nova assembleia no dia 16 de junho para avaliação do
movimento.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Limiares da Universidade

De 15 a 16 de Junho de 2010 acontecerá o evento Limiares da Universidade que se propõe a discutir as ações afirmativas na educação e diversidade. A conferência de abertura será no dia 15 de junho, terça feira, das 9h às 10h na Reitoria da UFBA. Na programação constam cinco mesas redondas, com os seguintes temas: Ações Afirmativas e Diversidade Étnico-Racial na Educação Superior; Diversidade Religiosa e os Desafios da Convivência Universitária; Periferias Urbanas e Educação Superior: implicações da segregação urbana para o acesso e permanência nas universidades públicas; Gênero e Diversidade Sexual: um enfoque sobre convivência e relações de poder na universidade; Panorama das Ações Afirmativas no Brasil: aspectos históricos e legalidade no cenário atual; Inclusão de Pessoas com Deficiência e Educação: Abordagem sobre acess o e permanência na universidade. Maiores informações: www.limiaresdauniversi dade.blogspot. com.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Plebiscito consultará sociedade sobre limite de propriedade de terra

Publicado em 31 maio 2010Sem comentario. Você acha que deveria haver um limite para propriedade de terra no Brasil? Entre os dias 1º e 7 de setembro deste ano, a sociedade brasileira terá a oportunidade de responder a essa pergunta através de um plebiscito popular. A iniciativa, promovida pelo Fórum Nacional Popular pela Reforma Agrária e Justiça no Campo juntamente com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pretende indagar a população se há necessidade de limitar ou não as propriedades de terras.Diversas organizações e entidades sociais já começaram a se articular para preparar a consulta. De acordo com Luiz Cláudio Mandela, coordenador colegiado da Cáritas Brasileira, 72 entidades de diferentes regiões já participaram de um primeiro plenário sobre o assunto. "23 estados já estão participando [da organização] e os outros começam a se articular", afirma.A ideia é, até setembro, conscientizar e mobilizar a população brasileira sobre a importância do limite de propriedade de terras. "Queremos dialogar com a sociedade sobre a concentração de terras no Brasil. Isso interfere na estrutura política, social, geografia e econômica do país", destaca.Enquanto o dia da consulta popular não chega, os interessados em participar da Campanha já podem assinar e divulgar o abaixo-assinado em apoio à proposta de emenda à Constituição que limita a área da propriedade de terra no país. "As pessoas já podem levar a folha do abaixo-assinado para debates sobre o assunto e assinar", comenta.De acordo com Mandela, para torna-se um projeto de lei de iniciativa popular, são necessárias, no mínino, 1,5 milhão de assinaturas, meta que pretendem superar. "Mas a expectativa é que esse número no plebiscito seja muito maior. Queremos que ele seja como os outros, como o da Dívida [em 2000], que contou com seis milhões de votos, o da Alca [Área de Livre Comércio das Américas - realizado em 2002], que teve mais de dez milhões", acrescenta.Desta vez, o plebiscito irá propor à sociedade um limite de 35 módulos fiscais para as propriedades de terras rurais. A intenção é que essa limitação esteja prevista na Constituição Federal. Segundo informações do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), módulo fiscal é a unidade que "serve de parâmetro para classificação do imóvel rural quanto ao tamanho". A Lei nº 8.629, de fevereiro de 1993, considera grandes propriedades imóveis acima de 15 módulos fiscais.De acordo com a Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra, a inclusão na Constituição do limite das propriedades de terras em até 35 módulos fiscais "resultaria numa disponibilidade imediata de mais de 200 milhões de hectares de terra para as famílias acampadas, sem despender recursos públicos para a indenização dos proprietários".O plebiscito acontece nacionalmente durante o Grito dos Excluídos, na primeira semana de setembro. Mais informações: http://www.limitedaterra.org.br/index.php