sábado, 19 de fevereiro de 2011

Conselheiros falam das expectativas para a Assembleia de Eleição do CEJUVE



Representantes de entidades habilitadas para participar das Assembleias de Eleição do Conselho Estadual de Juventude (CEJUVE), que acontece entre os dias 24 e 25 de fevereiro, às 09h, no Instituto Anísio Teixeira, Est Muriçoca – São Marcos, falam sobre suas perspectivas para o próximo biênio.


“Minha expectativa para o segundo mandato do CEJUVE é consolidar a sua identidade institucional enquanto espaço de diálogo entre o Governo e sociedade civil quanto à política de juventude no Estado”. Disse a representante da Fundação Luís Eduardo Magalhães, Viviane Quênia.


Segundo Quênia o primeiro biênio foi um grande desafio que serviu para a apropriação dos conselheiros sobre o papel do CEJUVE e instalação de procedimentos básicos para a sua operação. “Temos agora a responsabilidade de influenciar de forma mais efetiva a política de juventude no Estado, acompanhando, avaliando e propondo novos rumos para os seus instrumentos, tendo como perspectiva o atendimento dos anseios dos nossos jovens.”


O representante da Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) no Conselho, Roque Peixoto, diz que é um orgulho ter ocupado uma cadeira no primeiro mandato e se mostrou otimista em relação ao segundo. “Está disputando uma cadeira para a próxima gestão significa que a juventude negra baiana, maioria nesse estado, estará representada e participando ativamente e qualitativamente das formulações das políticas de juventude”.


Já o representante da ONG Cipó Comunicação Interativa, Nilton Lopes, ressaltou a importância do processo eleitoral para manter a diversidades dentro do Conselho e defendeu o fortalecimento da pauta de comunicação. Para ele, o próprio acontecimento já é uma grande vitória. “Saímos de um processo de indicação para uma eleição e isso, é um enorme ganho. Espero que a comunicação continue sendo discutida e ganhe ainda mais força no Conselho”.


Mais informações sobre a localização do Espaço Anísio Teixeira podem ser obtidas através do telefone (71) 3116-9000.

Antonia Borges
Blog Jovem Gera Ação

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Governador encaminha a ALBA projeto que estrutura Coordenação de Políticas de Juventude



O governador Jaques Wagner encaminhou à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), nesta terça-feira (15), durante o ato de abertura das atividades da casa legislativa, o projeto de estruturação administrativa da Coordenação de Políticas de Juventude da Secretaria de Relações Institucionais (Serin). Com a criação, a Coordenação passará a contar com mais recursos humanos e financeiros.


No ato, além de se mostrar otimista no avanço contra as desigualdades sociais, Jaques Wagner se comprometeu em continuar fortalecendo as ações preventivas, as políticas sociais e ações para a juventude. Incentivou a participação popular na construção e avanço das políticas públicas. “Vamos incentivar a participação popular e reforçar todas as conferências, como a de Juventude, que ocorrerá ainda este ano”.


De acordo com o governador, não seremos dignos do carimbo de desenvolvidos, se mazelas seculares continuarem a atormentar nossa gente. “Temos desafios enormes, prenúncio de uma caminhada longa rumo à nossa utopia da Bahia livre de toda sorte de injustiças”, ressaltou.


Programas


Jaques Wagner abordou a importância da educação para o desenvolvimento da Bahia. “Neste ano de 2011, nosso compromisso é o Pacto pela Educação. Este pacto que envolve diretamente as prefeituras, pais, alunos, professores e gestores pelo objetivo comum de melhorar o ensino fundamental em todos os municípios, e assim provocar uma grande mudança na educação do nosso estado. Isso terá um enorme impacto na qualidade do ensino médio e na educação profissional, nos quais vamos continuar investindo. É preciso um bom alicerce para que nossas crianças possam seguir em frente”.


Outro compromisso do governador foi à continuação dos investindo no Programa Saúde da Família, no Programa de Internação Domiciliar e na construção e reforma de hospitais na capital e no interior do estado. “Este trabalho de descentralização da saúde pública vai continuar em parceria com a União e com os municípios. Também vamos seguir e ampliar o Programa Saúde em Movimento, devolvendo a visão a milhares de baianos”.


O combate a violência e ao tráfico de droga também fazem parte das prioridades para 2011. Segundo Wagner, apesar dos avanços, muito ainda precisa ser feito. “Vamos implantar o Pacto pela Vida, que vem a ser muito mais que um programa de segurança. É, de fato, uma política de segurança pública com um novo modelo de gestão”.


Antonia Borges

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CEJUVE participa do lançamento da revista Bahia Análise & Dados que tem como foco a Juventude



Nessa sexta-feira (11), jovens de diversas organizações, representantes de movimentos sociais e do governo e especialistas participaram no Hotel Portobello Resort e Conventions (Ondina), do debate sobre a realidade da juventude, no lançamento da revista Bahia Análise & Dados. Editadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), as revistas apresentam os temas Juventude: questões contemporâneas e Juventude: mercado de trabalho e políticas públicas. Estes assuntos foram discutidos pelas especialistas Míriam Abramovay e Mary Castro, ambas da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais, no Hotel Portobello Resort e Conventions (Ondina).


Na mesa de abertura do evento, o chefe de gabinete da Seplan, Benito Juncal, falou sobre a relevância das publicações e do debate para os agentes públicos, “pois precisamos criar políticas adequadas à juventude de hoje, que tem novos sonhos, novos comportamentos e novas formas de ver o mundo”. Segundo Juncal, “a Seplan têm o desafio de promover a integração e a transversalidade nas políticas para a juventude das diversas secretarias do estado”.


O diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, lembrou que “apesar dos avanços já conquistados, como o maior acesso ao mercado de trabalho, à escola, ao consumo e às novas formas e tecnologias de comunicação, a juventude no Brasil é a principal afetada pelo aumento e a banalização da violência, o aumento da dependência às drogas, a fragmentação familiar e o culto a valores individualistas. Essas publicações sintetizam a preocupação da SEI com a realidade social”, disse o diretor.


O secretário executivo do Conselho Estadual da Juventude (Cejuve), Vladimir Costa, presente na mesa de abertura, ressaltou a importância das publicações no aprofundamento e reflexão da temática juventude e políticas públicas para o segmento. O secretário apresentou um breve panorama do desenvolvimento das políticas de juventude no estado da Bahia e enfatizou a sensibilidade do governador com a temática.


Costa valorizou as publicações por abordarem o tema “numa perspectiva recente dos jovens enquanto cidadãos de direito e não sob a ótica da tutela, de um problema a ser solucionado”. Vladimir lembrou que cerca de 30% da população baiana é composta por jovens entre 15 e 29 anos, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2009/ IBGE), sendo eles as principais vítimas das lacunas governamentais.


“A forma como cada jovem é afetado pela realidade ganha forma segundo a cor da sua pele, sexo, faixa etária, situação de domicílio, região de nascimento, condição de renda da família, entre outros fatores que devem ser observados na composição do retrato específico de cada situação e que vão colaborar para a criação de políticas focadas”, argumentou Thaiz Braga, diretora de Pesquisas da SEI.


Escola em debate – O papel da escola foi assunto recorrente no debate. A convidada Miriam Abramovay, da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso), propôs uma revisão no atual modelo de escola pública, que, segundo ela, não acompanhou o jovem. “Um dos principais problemas é a relação social: a relação entre alunos, professor-aluno, professor-diretor, entre os adultos são todas relações conflituosas”. Para ela, a escola precisa admitir que é um lugar de socialização, já que o aprendizado não acontece somente dentro da sala de aula.


Na mesma linha, Mary Castro, pesquisadora da UCSal e da Flacso, defendeu que “a escola pública pode sim quebrar esse ciclo vicioso de ‘pobre gerando pobre’ e ‘violência gerando violência’”. Castro também parabenizou a SEI pelas publicações, ressaltando que a maior parte dos artigos, nos dois volumes lançados, são de autoria de jovens. “Os jovens se tornam não apenas objeto de observação, mas são também sujeitos da sua realidade. Os jovens estão falando, a briga agora é para serem ouvidos”, disse.


As revistas Bahia Análise & Dados Juventude: questões contemporâneas e Juventude: mercado de trabalho e políticas públicas, em breve, serão disponibilizadas para download gratuito no site http://www.sei.ba.gov.br/.


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