segunda-feira, 29 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Se eu tivesse uma casa no campus.
Se eu tivesse uma casa no campus
Eu, que nunca fui um aluno exemplar
Talvez fosse um estudante mais brilhante, ou, pelo menos mais feliz
estudaria menos e aprenderia mais
Pois ergueria minha casa lá onde mora o conhecimento
e então todo lugar onde estivesse seria um lugar de aprender,
Como quem brinca como quem curte como quem brinca.
Se eu tivesse uma casa no campus,
aprenderia com a vivência a igualdade e a diferença
Numa sempre dinâmica e verdadeira universidade.
Aprenderia com a convivência,a igualdade e a diferença
Numa sempre dinâmica e verdadeira universidade.
Aprenderia, talvez, a fazer todas as coisas que ainda só sei saber.
E saberia que saber é viver e viver é mais que conhecer,
pois a sabedoria freqüenta a ciência, mas vive solta pela vida.
Se eu tivesse uma casa no Campus,
Daria uma festa de arromba na inauguração.
Convidaria para a farra a razão e a poesia,
A arte e a filosofia, a loucura e a lucidez.
Comeria com Platão no bandejão
E beberia na cantina com Rimbaud
Brindaria com Voltaire nos corredores
e dançaria com Isadora pelos pátios.
Dormiria com minerva, sonharia coma utopia e acordaria com você,
Se eu tivesse uma casa no Campus
se eu tivesse uma casa no campus,
fundaria a Sociedade dos Poetas Imortais,
Conheceria com Fernando em pessoa e Moliere em persona,
seria amigo de Quintana, vizinho de Beethoven,
Confidente dos Inconfidentes, filho de Ghandi,
irmão do Henfil e companheiro de Che Guevara.
Se eu tivesse uma casa no Campus, ouviria os sonhos de Jung,
Os segredos de Hermes e os mistérios de Clarice.
Plantaria meus sonhos com Nietzsche
E colheria com Marx o fruto do nosso trabalho.
Iria ao cinema com Charles Chaplin e voltaria com Glauber Rocha.
Transformaria a sala de aula em sala de estar
E a sala de estar em sala de ser.
Penduraria uma lua crescente em meu quarto minguante,
Te tomaria pela mão e soltaria do telhado para o alto do Everest,
…Se eu tivesse uma casa no Campus.
Se eu tivesse uma casa no Campus,
Pela torneira da banheira pela torneira da banheira passaria um afluente do rio Amazonas
E desaguaria no inconsciente Freudiano,
Onde eu mergulharia para Salvador Dali.
Soltaria pipa no gramado da reitoria,
Roubaria uma maçã do pomar de Isaac Newton,
Cercaria de horizontes o corcel da liberdade
E estudaria a veterinária dos medos e a geografia dos desejos
Para chegar mais perto do selvagem coração da vida.
Se eu tivesse uma casa no Campus
seria senhor do meu castelo e servo de minha hóspede, a esperança.
Apresentaria o Pequeno Príncipe a Maquiavel,
Mataria aula de vez em quando para ir pr'o CEU com Santos Dumont
E aprenderia muito com isso, pois todas as aulas que matei
Com certeza foram pr'o C.E.U. (Centro Esportivo Universitário).
Se eu tivesse uma casa no Campus,
Onde o quadrado da hipotenusa não caísse em círculo vicioso,
Duas linhas paralelas se encontrariam no infinito,
E talvez fosse mais isósceles a minha vida,
...Se eu tivesse uma casa no Campus.
E mesmo que nada disso que imagino viesse realmente a acontecer,
Se eu tivesse uma casa no campus, ainda assim, tudo seria mais legal,
pois eu pelo menos teria uma casa uma casa singela, uma casa bacana,
...Uma casa no Campus.
A todos os estudantes carentes da UFMG
Júlio César de Oliveira
1 lugar-Coração de estudante III
Eu, que nunca fui um aluno exemplar
Talvez fosse um estudante mais brilhante, ou, pelo menos mais feliz
estudaria menos e aprenderia mais
Pois ergueria minha casa lá onde mora o conhecimento
e então todo lugar onde estivesse seria um lugar de aprender,
Como quem brinca como quem curte como quem brinca.
Se eu tivesse uma casa no campus,
aprenderia com a vivência a igualdade e a diferença
Numa sempre dinâmica e verdadeira universidade.
Aprenderia com a convivência,a igualdade e a diferença
Numa sempre dinâmica e verdadeira universidade.
Aprenderia, talvez, a fazer todas as coisas que ainda só sei saber.
E saberia que saber é viver e viver é mais que conhecer,
pois a sabedoria freqüenta a ciência, mas vive solta pela vida.
Se eu tivesse uma casa no Campus,
Daria uma festa de arromba na inauguração.
Convidaria para a farra a razão e a poesia,
A arte e a filosofia, a loucura e a lucidez.
Comeria com Platão no bandejão
E beberia na cantina com Rimbaud
Brindaria com Voltaire nos corredores
e dançaria com Isadora pelos pátios.
Dormiria com minerva, sonharia coma utopia e acordaria com você,
Se eu tivesse uma casa no Campus
se eu tivesse uma casa no campus,
fundaria a Sociedade dos Poetas Imortais,
Conheceria com Fernando em pessoa e Moliere em persona,
seria amigo de Quintana, vizinho de Beethoven,
Confidente dos Inconfidentes, filho de Ghandi,
irmão do Henfil e companheiro de Che Guevara.
Se eu tivesse uma casa no Campus, ouviria os sonhos de Jung,
Os segredos de Hermes e os mistérios de Clarice.
Plantaria meus sonhos com Nietzsche
E colheria com Marx o fruto do nosso trabalho.
Iria ao cinema com Charles Chaplin e voltaria com Glauber Rocha.
Transformaria a sala de aula em sala de estar
E a sala de estar em sala de ser.
Penduraria uma lua crescente em meu quarto minguante,
Te tomaria pela mão e soltaria do telhado para o alto do Everest,
…Se eu tivesse uma casa no Campus.
Se eu tivesse uma casa no Campus,
Pela torneira da banheira pela torneira da banheira passaria um afluente do rio Amazonas
E desaguaria no inconsciente Freudiano,
Onde eu mergulharia para Salvador Dali.
Soltaria pipa no gramado da reitoria,
Roubaria uma maçã do pomar de Isaac Newton,
Cercaria de horizontes o corcel da liberdade
E estudaria a veterinária dos medos e a geografia dos desejos
Para chegar mais perto do selvagem coração da vida.
Se eu tivesse uma casa no Campus
seria senhor do meu castelo e servo de minha hóspede, a esperança.
Apresentaria o Pequeno Príncipe a Maquiavel,
Mataria aula de vez em quando para ir pr'o CEU com Santos Dumont
E aprenderia muito com isso, pois todas as aulas que matei
Com certeza foram pr'o C.E.U. (Centro Esportivo Universitário).
Se eu tivesse uma casa no Campus,
Onde o quadrado da hipotenusa não caísse em círculo vicioso,
Duas linhas paralelas se encontrariam no infinito,
E talvez fosse mais isósceles a minha vida,
...Se eu tivesse uma casa no Campus.
E mesmo que nada disso que imagino viesse realmente a acontecer,
Se eu tivesse uma casa no campus, ainda assim, tudo seria mais legal,
pois eu pelo menos teria uma casa uma casa singela, uma casa bacana,
...Uma casa no Campus.
A todos os estudantes carentes da UFMG
Júlio César de Oliveira
1 lugar-Coração de estudante III
domingo, 21 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
A CPI da Petrobras e o tiro no pé dos tucanos.
A CPI da Petrobras e o tiro no pé dos tucanos.
Cena 1. Belo Horizonte, 17 de maio de 2009, churrasco de classe média. Surge o tema Petrobras. As diatribes se repetem com tremenda virulência: E essa roubalheira na Petrobras?, e esse cabide de empregos da Petrobras?, e por que a gasolina não é mais barata? Um dos presentes aproveita uma brecha e lança a pergunta: pessoal, qual era o valor de mercado da Petrobras em 2002 e qual é o valor dela hoje? Silêncio sepulcral. Não tinham sequer um número para chutar. Sentindo que havia encaixado um jab, o visitante incômodo lança mais uma pergunta: pessoal, como se chama mesmo o presidente da Petrobras? Outro silêncio desconfortável de uns 20 segundos. Com duas simples perguntas, desnudava-se a ignorância da República Morumbi-Leblon-Belvedere, eterna repetidora dos factoides Globo-Veja. O visitante incômodo decide não tripudiar e deixa que o silêncio faça seu trabalho.
Cena 2. Belo Horizonte, 15 de maio de 2009. Algumas horas antes da aprovação da CPI da Petrobras, o humilde zelador de um prédio ajuda um professor universitário expatriado a recarregar a bateria de seu Escort, parado há meses. Conversa vai, conversa vem, o zelador dispara: Professor, esses caras aí que estão implicando com a Petrobras não são os mesmos que queriam vender ela uns tempos atrás? Confirmando, ao ouvir essa pergunta, que o poder de manipulação da mídia brasileira é cada vez menor, o dono do Escort retruca: Sim, seu Damasceno, são os mesmos filhos da puta que queriam vendê-la.
Em janeiro de 2003, na transição de FHC para Lula, o valor de mercado da Petrobras era 15 bilhões de dólares. José Eduardo Dutra assumiu então a presidência, deixando a empresa em junho de 2005 com um valor de mercado de 54 bilhões. Em 2006, já sob a presidência de Sergio Gabrielli, o valor da Petrobras era 70 bilhões. Em novembro de 2007, a Petrobras valia 222 bilhões de dólares.
Em 2006, o Brasil alcançou a autossuficiência em petróleo e a Petrobras bateu o recorde latinoamericano de lucros. Em 2007, realiza-se no Brasil a maior descoberta petrolífera do planeta nos últimos 30 anos. Em 2008, a Petrobras já era a terceira mais lucrativa da América. Em 07 de maio de 2009, 8 dias antes dos tucanos aprovarem sua CPI, a Petrobras havia saltado do octogésimo-terceiro para o quarto lugar entre as empresas mais respeitadas do mundo.
Os tucanos não conseguiram privatizar a Petrobras, mas conseguiram quebrar o monopólio estatal, com a famigerada lei 9.478/97. Os que têm idade suficiente para se lembrar de 1995 recordarão a intensa campanha de difamação de que a estatal foi vítima, incluindo-se, claro, a indefectível “reportagem” da Veja, com 10 páginas de calúnias que não respeitaram sequer o direito de resposta, mesmo como matéria paga. Em 1999, FHC substituiu seis diretores da Petrobras no Conselho de Administração por seis conselheiros do setor privado, em mais uma tentativa de preparar o terreno para a privatização. Além de quebrar o monopólio estatal, a gestão tucana vendeu 36% das ações da Petrobras na Bolsa de Nova York por menos de 10% do seu valor real. Fixou a participação da União na produção de petróleo entre 10% e 40%, enquanto os países exportadores têm a média de 84% de participação. As informações contidas neste parágrafo estão disponíveis na leitura que o Biscoito mais enfaticamente recomenda sobre o assunto, a entrevista do presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras, Fernando Siqueira, concedida em janeiro, na qual ele já previa o rumo dessa campanha entreguista.
Não gosto de fazer previsões em política, mas acho que o PSDB acaba de dar o maior tiro no pé da sua curta história. A Petrobras ocupa, no imaginário do povo brasileiro, um lugar incomparável ao de qualquer outra estatal, mesmo o Banco do Brasil. Temos orgulho dela. Fizemos, faz muito pouco tempo -- 50 anos, em história, não é nada --, uma campanha gigantesca para defender nosso petróleo. O PSDB, de olho nas eleições – e o papel de um partido político é ficar de olho nas eleições, não há nada de errado nisso –, acaba de criar as condições para ser definitivamente associado ao entreguismo.
Nessa marcha, a expressão social democracia na sigla tucana soará tão irônica como o novo nome escolhido pelas oligarquias pefelês para sua agremiação. A pergunta do Seu Damasceno, feita enquanto ele me ajudava com a bateria do carro, me encheu de esperanças e energias. A política vale a pena. É o nosso patrimônio que está em jogo.
PS 1: Um blogueiro que muito admiro, Alon Feuerwerker, sugere, em seu mais recente post, que CPIs são instrumentos de luta política, que pouco têm a ver com motivos reais. Corretíssimo. Alon também sugere que, estivessem invertidos os papeis, o PT assinaria o requerimento de CPI. Talvez. Mas o fato inconteste é que há um conjunto de forças políticas que trabalharam e trabalham pela privatização do patrimônio público. E há um outro conjunto que, com todos os problemas, têm mantido e ampliado esse patrimônio. Confio que essa importantíssima diferença não passará despercebida à sagaz inteligência de Alon, que assina um blog cujo lema é um ponto de vista democrático, nacional e de esquerda.
PS 2: O blogueiro Eduardo Guimarães, do Movimento dos Sem Mídia, está articulando um protesto em frente à sede do PSDB em São Paulo. Esse protesto terá a colaboração e o apoio d' O Biscoito Fino e a Massa.
Escrito por Idelber Avelar, blog “O Biscoito Fino e a Massa” às 05:43
http://www.idelberavelar.com/
Cena 1. Belo Horizonte, 17 de maio de 2009, churrasco de classe média. Surge o tema Petrobras. As diatribes se repetem com tremenda virulência: E essa roubalheira na Petrobras?, e esse cabide de empregos da Petrobras?, e por que a gasolina não é mais barata? Um dos presentes aproveita uma brecha e lança a pergunta: pessoal, qual era o valor de mercado da Petrobras em 2002 e qual é o valor dela hoje? Silêncio sepulcral. Não tinham sequer um número para chutar. Sentindo que havia encaixado um jab, o visitante incômodo lança mais uma pergunta: pessoal, como se chama mesmo o presidente da Petrobras? Outro silêncio desconfortável de uns 20 segundos. Com duas simples perguntas, desnudava-se a ignorância da República Morumbi-Leblon-Belvedere, eterna repetidora dos factoides Globo-Veja. O visitante incômodo decide não tripudiar e deixa que o silêncio faça seu trabalho.
Cena 2. Belo Horizonte, 15 de maio de 2009. Algumas horas antes da aprovação da CPI da Petrobras, o humilde zelador de um prédio ajuda um professor universitário expatriado a recarregar a bateria de seu Escort, parado há meses. Conversa vai, conversa vem, o zelador dispara: Professor, esses caras aí que estão implicando com a Petrobras não são os mesmos que queriam vender ela uns tempos atrás? Confirmando, ao ouvir essa pergunta, que o poder de manipulação da mídia brasileira é cada vez menor, o dono do Escort retruca: Sim, seu Damasceno, são os mesmos filhos da puta que queriam vendê-la.
Em janeiro de 2003, na transição de FHC para Lula, o valor de mercado da Petrobras era 15 bilhões de dólares. José Eduardo Dutra assumiu então a presidência, deixando a empresa em junho de 2005 com um valor de mercado de 54 bilhões. Em 2006, já sob a presidência de Sergio Gabrielli, o valor da Petrobras era 70 bilhões. Em novembro de 2007, a Petrobras valia 222 bilhões de dólares.
Em 2006, o Brasil alcançou a autossuficiência em petróleo e a Petrobras bateu o recorde latinoamericano de lucros. Em 2007, realiza-se no Brasil a maior descoberta petrolífera do planeta nos últimos 30 anos. Em 2008, a Petrobras já era a terceira mais lucrativa da América. Em 07 de maio de 2009, 8 dias antes dos tucanos aprovarem sua CPI, a Petrobras havia saltado do octogésimo-terceiro para o quarto lugar entre as empresas mais respeitadas do mundo.
Os tucanos não conseguiram privatizar a Petrobras, mas conseguiram quebrar o monopólio estatal, com a famigerada lei 9.478/97. Os que têm idade suficiente para se lembrar de 1995 recordarão a intensa campanha de difamação de que a estatal foi vítima, incluindo-se, claro, a indefectível “reportagem” da Veja, com 10 páginas de calúnias que não respeitaram sequer o direito de resposta, mesmo como matéria paga. Em 1999, FHC substituiu seis diretores da Petrobras no Conselho de Administração por seis conselheiros do setor privado, em mais uma tentativa de preparar o terreno para a privatização. Além de quebrar o monopólio estatal, a gestão tucana vendeu 36% das ações da Petrobras na Bolsa de Nova York por menos de 10% do seu valor real. Fixou a participação da União na produção de petróleo entre 10% e 40%, enquanto os países exportadores têm a média de 84% de participação. As informações contidas neste parágrafo estão disponíveis na leitura que o Biscoito mais enfaticamente recomenda sobre o assunto, a entrevista do presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras, Fernando Siqueira, concedida em janeiro, na qual ele já previa o rumo dessa campanha entreguista.
Não gosto de fazer previsões em política, mas acho que o PSDB acaba de dar o maior tiro no pé da sua curta história. A Petrobras ocupa, no imaginário do povo brasileiro, um lugar incomparável ao de qualquer outra estatal, mesmo o Banco do Brasil. Temos orgulho dela. Fizemos, faz muito pouco tempo -- 50 anos, em história, não é nada --, uma campanha gigantesca para defender nosso petróleo. O PSDB, de olho nas eleições – e o papel de um partido político é ficar de olho nas eleições, não há nada de errado nisso –, acaba de criar as condições para ser definitivamente associado ao entreguismo.
Nessa marcha, a expressão social democracia na sigla tucana soará tão irônica como o novo nome escolhido pelas oligarquias pefelês para sua agremiação. A pergunta do Seu Damasceno, feita enquanto ele me ajudava com a bateria do carro, me encheu de esperanças e energias. A política vale a pena. É o nosso patrimônio que está em jogo.
PS 1: Um blogueiro que muito admiro, Alon Feuerwerker, sugere, em seu mais recente post, que CPIs são instrumentos de luta política, que pouco têm a ver com motivos reais. Corretíssimo. Alon também sugere que, estivessem invertidos os papeis, o PT assinaria o requerimento de CPI. Talvez. Mas o fato inconteste é que há um conjunto de forças políticas que trabalharam e trabalham pela privatização do patrimônio público. E há um outro conjunto que, com todos os problemas, têm mantido e ampliado esse patrimônio. Confio que essa importantíssima diferença não passará despercebida à sagaz inteligência de Alon, que assina um blog cujo lema é um ponto de vista democrático, nacional e de esquerda.
PS 2: O blogueiro Eduardo Guimarães, do Movimento dos Sem Mídia, está articulando um protesto em frente à sede do PSDB em São Paulo. Esse protesto terá a colaboração e o apoio d' O Biscoito Fino e a Massa.
Escrito por Idelber Avelar, blog “O Biscoito Fino e a Massa” às 05:43
http://www.idelberavelar.com/
Parada do Velho Novo
Eu estava sobre uma colina e vi o Velho se aproximando, mas ele vinha como se fosse o Novo.
Ele se arrastava em novas muletas, que ninguém antes havia visto, e exalava novos odores de putrefação, que ninguém antes havia cheirado.
A pedra passou rolando como a mais nova invenção, e os gritos dos gorilas batendo no peito deveriam ser as novas composições.
Em todas as partes viam-se túmulos abertos vazios, enquanto o Novo movia-se em direção à capital.
E em torno estavam aqueles que instilavam horror e gritavam: Aí vem o Novo, tudo é novo, saúdem o Novo, sejam novos como nós! E quem escutava, ouvia apenas os seus gritos, mas quem olhava, via tais que não gritavam.
Assim marchou o Velho, travestido de Novo, mas em cortejo triunfal levava consigo o Novo e o exibia como Velho.
O Novo ia preso em ferros e coberto de trapos; estes permitiam ver o vigor de seus membros.
E o cortejo movia-se na noite, mas o que viram como a luz da aurora era a luz de fogos no céu. E o grito: Aí vem o Novo, tudo é novo, saúdem o Novo, sejam novos como nós! seria ainda audível, não tivesse o trovão das armas sobrepujado tudo.
Brecht
Ele se arrastava em novas muletas, que ninguém antes havia visto, e exalava novos odores de putrefação, que ninguém antes havia cheirado.
A pedra passou rolando como a mais nova invenção, e os gritos dos gorilas batendo no peito deveriam ser as novas composições.
Em todas as partes viam-se túmulos abertos vazios, enquanto o Novo movia-se em direção à capital.
E em torno estavam aqueles que instilavam horror e gritavam: Aí vem o Novo, tudo é novo, saúdem o Novo, sejam novos como nós! E quem escutava, ouvia apenas os seus gritos, mas quem olhava, via tais que não gritavam.
Assim marchou o Velho, travestido de Novo, mas em cortejo triunfal levava consigo o Novo e o exibia como Velho.
O Novo ia preso em ferros e coberto de trapos; estes permitiam ver o vigor de seus membros.
E o cortejo movia-se na noite, mas o que viram como a luz da aurora era a luz de fogos no céu. E o grito: Aí vem o Novo, tudo é novo, saúdem o Novo, sejam novos como nós! seria ainda audível, não tivesse o trovão das armas sobrepujado tudo.
Brecht
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Projeto de Lei obriga políticos a matricularem seus filhos em Escolas públicas.
PROJETO DE LEI DO SENADO DE 2007 determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014..
.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de educação básica.
.
Art. 2º Esta Lei deverá estar em vigor em todo o Brasil até, no máximo, 1º de janeiro de 2014.
.
Parágrafo Único. As Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas Estaduais poderão antecipar este prazo para suas unidades respectivas.
.
JUSTIFICAÇÃO: No Brasil, os filhos dos dirigentes políticos estudam a educação básica em escolas privadas. Isto mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos dirigentes para com o ensino público.
.
Talvez não haja maior prova do desapreço para com a educação das crianças do povo, do que ter os filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções, estudando em escolas privadas.
Esta é uma forma de corrupção discreta da elite dirigente que, ao invés de resolver os problemas nacionais, busca proteger-se contra as tragédias do povo, criando privilégios.
.
Além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda para financiar os custos da educação privada de seus filhos.
Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de cargos eleitorais - vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e seus suplentes, governadores e vice-governadores, Presidente e Vice-Presidente da República - deduzam um valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas respectivas declarações de imposto de renda, com o fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando a dedução de R$ 2.373,84 inclusive no exterior. Considerando apenas um dependente por ocupante de cargo eleitoral.
.
O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance, entre outros, os seguintes objetivos:
a) ético: comprometerá o representante do povo com a escola que atende ao povo;
.
b) político: certamente provocará um maior interesse das autoridades para com a educação pública com a conseqüente melhoria da qualidade dessas escolas.
.
c) financeiro: evitará a “evasão legal” de mais de 12 milhões de reais por mês, o que aumentaria a disponibilidade de recursos fiscais à disposição do setor público, inclusive para a educação;
.
d) estratégica: os governantes sentirão diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver a qualidade da educação pública no Brasil.
.
Se esta proposta tivesse sido adotada no momento da Proclamação da República, como um gesto republicano, a realidade social brasileira seria hoje completamente diferente. Entretanto, a tradição de 118 anos de uma República que separa as massas e a elite, uma sem direitos e a outra com privilégios, não permite a implementação imediata desta decisão. Ficou escolhido por isto o ano de 2014, quando a República estará completando 125 anos de sua proclamação. É um prazo muito longo desde 1889, mas suficiente para que as escolas públicas brasileiras tenham a qualidade que a elite dirigente exige para a escola de seus filhos.
Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o Brasil ainda tivesse duas educações - uma para os filhos de seus dirigentes e outra para os filhos do povo, como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde a educação era reservada para os nobres.
Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres colegas para a aprovação deste projeto.
.
Sala das Sessões, Senador CRISTOVAM BUARQUE .
http://www.ceob50.com.br/mural/?p=61
.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de educação básica.
.
Art. 2º Esta Lei deverá estar em vigor em todo o Brasil até, no máximo, 1º de janeiro de 2014.
.
Parágrafo Único. As Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas Estaduais poderão antecipar este prazo para suas unidades respectivas.
.
JUSTIFICAÇÃO: No Brasil, os filhos dos dirigentes políticos estudam a educação básica em escolas privadas. Isto mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos dirigentes para com o ensino público.
.
Talvez não haja maior prova do desapreço para com a educação das crianças do povo, do que ter os filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções, estudando em escolas privadas.
Esta é uma forma de corrupção discreta da elite dirigente que, ao invés de resolver os problemas nacionais, busca proteger-se contra as tragédias do povo, criando privilégios.
.
Além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda para financiar os custos da educação privada de seus filhos.
Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de cargos eleitorais - vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e seus suplentes, governadores e vice-governadores, Presidente e Vice-Presidente da República - deduzam um valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas respectivas declarações de imposto de renda, com o fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando a dedução de R$ 2.373,84 inclusive no exterior. Considerando apenas um dependente por ocupante de cargo eleitoral.
.
O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance, entre outros, os seguintes objetivos:
a) ético: comprometerá o representante do povo com a escola que atende ao povo;
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b) político: certamente provocará um maior interesse das autoridades para com a educação pública com a conseqüente melhoria da qualidade dessas escolas.
.
c) financeiro: evitará a “evasão legal” de mais de 12 milhões de reais por mês, o que aumentaria a disponibilidade de recursos fiscais à disposição do setor público, inclusive para a educação;
.
d) estratégica: os governantes sentirão diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver a qualidade da educação pública no Brasil.
.
Se esta proposta tivesse sido adotada no momento da Proclamação da República, como um gesto republicano, a realidade social brasileira seria hoje completamente diferente. Entretanto, a tradição de 118 anos de uma República que separa as massas e a elite, uma sem direitos e a outra com privilégios, não permite a implementação imediata desta decisão. Ficou escolhido por isto o ano de 2014, quando a República estará completando 125 anos de sua proclamação. É um prazo muito longo desde 1889, mas suficiente para que as escolas públicas brasileiras tenham a qualidade que a elite dirigente exige para a escola de seus filhos.
Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o Brasil ainda tivesse duas educações - uma para os filhos de seus dirigentes e outra para os filhos do povo, como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde a educação era reservada para os nobres.
Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres colegas para a aprovação deste projeto.
.
Sala das Sessões, Senador CRISTOVAM BUARQUE .
http://www.ceob50.com.br/mural/?p=61
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Convocatória-XIII ENNECE – Encontro Norte e Nordeste de Casas de Estudantes
SECRETARIA NACIONAL DE CASAS DE ESTUDANTES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANE DO NORTE
SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS
MOVIMENTO DE CASAS DO RIO GRANDE DO NORTE
CONVOCÁTORIA
Prezados (as) Moradores (as) de Casas de Estudantes do Norte e Nordeste.
Viemos por meio deste, convocá-los (as) a participarem do XIII ENNECE – Encontro Norte e Nordeste de Casas de Estudantes, que se realizará no período de 03 a 07 de setembro do corrente ano no Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal – RN.
O evento, que tem como tema: Construir Identidade e Transformas Atores: Uma Autonomia Necessária - terá como principal objetivo despertar cada vez mais nos moradores de casas a necessidade de militar no movimento, chamar a atenção dos órgãos administrativos para existência do CERES (Centro de Ensino Superior do Seridó) com todas as suas deficiências, bem como debater sobre Assistência Estudantil a fim de elaborar projetos e propostas necessárias ao atendimento básico dos estudantes, oriundos das classes baixas inserindo-os em programas de inclusão social e lhes assegurando o programa de moradia estudantil de qualidade.
Comunicamos ainda que nas inscrições estão inclusos alimentação assim como alojamento, e terá os seguintes valores:
01 a 31 de julho – R$10,00
01 a 31 agosto - R$ 15,00
03 de setembro - R$ 20,00
Atenciosamente,
Luanda Kívia de Oliveira Rodrigues
Coordenadora do XII ENNECE
Natal – RN
25 de Maio de 2009
REUNIÃO DA ACEB EM IPIRÁ
REUNÃO DA ACEB
DATA:13/06/09
LOCAL: RESIDÊNCIA DOS ESTUDANTES DE IPIRÁ-RUA FUTURO DO TORÓRO-33223900
HORÁRIO: 15h
PAUTAS: REPASSES;
LEVANTAMENTO DE DADOS DAS CASAS;
PROJETOS;
O QUE OCORRER.
"Uma idéia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas".(Karl Marx)
DATA:13/06/09
LOCAL: RESIDÊNCIA DOS ESTUDANTES DE IPIRÁ-RUA FUTURO DO TORÓRO-33223900
HORÁRIO: 15h
PAUTAS: REPASSES;
LEVANTAMENTO DE DADOS DAS CASAS;
PROJETOS;
O QUE OCORRER.
"Uma idéia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas".(Karl Marx)
quarta-feira, 10 de junho de 2009
PROJETO ENCE 2009(Encontro Nacional de Casas de Estudntes)
ENCONTRO NACIONAL DE CASAS DE ESTUDANTES – ENCE 2009
BELÉM-PA
SALVADOR
2008
RESUMO
A participação num evento que reúna estudantes moradores de Residências Universitárias e Residências municipais é um meio de discutirmos políticas sócio-econômico-culturais para essas Casas de estudantes. Tendo em vista a união de forças do Movimento estudantil de Casas, o ENCE servirá para fortalecer as entidades representativas dessas Casas de todo o Brasil, e em específico as Casas de estudantes da Bahia.
Através desse encontro, os residentes terão a oportunidade de constatar as diversas realidades das Residências estudantis de todo o país, discutindo acerca da realidade social de cada região do Brasil. A diversidade cultural também é bastante debatida, de forma a enriquecer na formação do indivíduo enquanto ser crítico-reflexivo.
CONTEXTO
A Residência estudantil é alternativa para os estudantes de cidades do interior do estado e da Capital, oriundos de classe econômica baixa, com vulnerabilidade financeira, ao qual buscam na Residência a oportunidade de ingresso numa Universidade ou curso profissionalizante nos grandes centros.
No estado da Bahia temos mais de 80 Residências, sendo as mesmas em diferentes cidades. Em Salvador, onde se tem a maior concentração, encontram-se aproximadamente 50 Casas (cidades do interior) e 4 Residências Universitárias da UFBA.
A Assistência estudantil para esse segmento ainda é muito pequeno, sendo o investimento irrisório comparado à demanda existente para essas Casas. Secundarizada a responsabilidade de manutenção e assistência sócio-psico-pegdagógica aos estudantes, essas Casas de estudantes da Bahia sobrevivem a “duras custas”, diminuindo o papel social histórico que possuem ao ajudar na formação de milhares de profissionais.
Assim, os estudantes têm uma função importante na luta pela continuidade e ampliação dos direitos relacionados à Assistência estudantil. As prefeituras e Reitorias têm de garantir essa parceria e aumentar o investimento para com essas Casas de estudantes, de forma a propiciar a maximização do rendimento acadêmico e a participação dos residentes nos diversos contextos políticos, como sujeito ativo e construtor de uma sociedade mais justa e igualitária.
OBJETIVO GERAL
Promover a integração entre os estudantes moradores de Residências Universitárias e Residências municipais do Brasil, de forma trazer novas alternativas para o Movimento de Casas de estudantes da Bahia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Promover troca de informações entre as Casas de estudantes;
- Promover maior discussão de cunho político entre os residentes;
- Fortalecer as entidades representativas de Casas de estudantes;
- Promover intercâmbio cultural entre os estudantes de todas as regiões do Brasil;
- Enviar 46 pessoas (ônibus) das Residências estudantis Municipais para o encontro;
BELÉM-PA
SALVADOR
2008
RESUMO
A participação num evento que reúna estudantes moradores de Residências Universitárias e Residências municipais é um meio de discutirmos políticas sócio-econômico-culturais para essas Casas de estudantes. Tendo em vista a união de forças do Movimento estudantil de Casas, o ENCE servirá para fortalecer as entidades representativas dessas Casas de todo o Brasil, e em específico as Casas de estudantes da Bahia.
Através desse encontro, os residentes terão a oportunidade de constatar as diversas realidades das Residências estudantis de todo o país, discutindo acerca da realidade social de cada região do Brasil. A diversidade cultural também é bastante debatida, de forma a enriquecer na formação do indivíduo enquanto ser crítico-reflexivo.
CONTEXTO
A Residência estudantil é alternativa para os estudantes de cidades do interior do estado e da Capital, oriundos de classe econômica baixa, com vulnerabilidade financeira, ao qual buscam na Residência a oportunidade de ingresso numa Universidade ou curso profissionalizante nos grandes centros.
No estado da Bahia temos mais de 80 Residências, sendo as mesmas em diferentes cidades. Em Salvador, onde se tem a maior concentração, encontram-se aproximadamente 50 Casas (cidades do interior) e 4 Residências Universitárias da UFBA.
A Assistência estudantil para esse segmento ainda é muito pequeno, sendo o investimento irrisório comparado à demanda existente para essas Casas. Secundarizada a responsabilidade de manutenção e assistência sócio-psico-pegdagógica aos estudantes, essas Casas de estudantes da Bahia sobrevivem a “duras custas”, diminuindo o papel social histórico que possuem ao ajudar na formação de milhares de profissionais.
Assim, os estudantes têm uma função importante na luta pela continuidade e ampliação dos direitos relacionados à Assistência estudantil. As prefeituras e Reitorias têm de garantir essa parceria e aumentar o investimento para com essas Casas de estudantes, de forma a propiciar a maximização do rendimento acadêmico e a participação dos residentes nos diversos contextos políticos, como sujeito ativo e construtor de uma sociedade mais justa e igualitária.
OBJETIVO GERAL
Promover a integração entre os estudantes moradores de Residências Universitárias e Residências municipais do Brasil, de forma trazer novas alternativas para o Movimento de Casas de estudantes da Bahia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Promover troca de informações entre as Casas de estudantes;
- Promover maior discussão de cunho político entre os residentes;
- Fortalecer as entidades representativas de Casas de estudantes;
- Promover intercâmbio cultural entre os estudantes de todas as regiões do Brasil;
- Enviar 46 pessoas (ônibus) das Residências estudantis Municipais para o encontro;
terça-feira, 9 de junho de 2009
Projeto de Lei que dispõe sobre a Política de Moradia Estudantil no Estado da Bahia.
PROJETO DE LEI
Dispõe sobre a Política de Moradia Estudantil no Estado da Bahia.
Art. 1º - Fica instituída a Política de Moradia Estudantil no Estado da Bahia, nos termos previstos nessa Lei.
Art. 2º - São consideradas como moradias estudantis:
I - As Casas e/ou Residências Estudantis de propriedade do Estado e dos municípios e/ou que com estas mantenham vínculo de gestão administrativa;
II - As Residências Estudantis Rurais de propriedade do município e/ou que com estas mantenham vínculo de gestão administrativa;
III - As Casas Autônomas de Estudantes, administradas segundo estatutos de associação civil com personalidade jurídica própria, sem vínculo com a administração estadual e dos municípios.
Art. 3º- As despesas decorrentes da execução desta Lei serão custeadas pelo projeto/atividade n.º 12.361.055.2694, assistência material e sócio - educativa ao educando, previsto no orçamento anual do Estado.
Art. 4º - Para ter acesso aos benefícios previstos nesta Lei, as Casas e/ou Residências, Residências Rurais e Casas Autônomas, com fins de moradia estudantil, terão que comprovar que estabelecem critérios para a seleção de seus moradores a partir da situação sócio - econômica dos candidatos.
Art. 5º - As Casas e/ou Residências Estudantis, Residências Estudantis Rurais e Casas Autônomas de Estudantes estabelecerão contrapartidas na forma de atividades sociais, culturais e esportivas voltadas para a comunidade de origem da moradia estudantil e, no caso das Casas Autônomas de Estudantes onde a casa se localizar, a serem prestadas pelos estudantes beneficiados por esta Lei.
Parágrafo Primeiro – A contrapartida estabelecida no caput deste artigo não poderá ser realizada através de pagamento financeiro.
Art.6º - Fica garantida a autonomia administrativa das moradias estudantis acima especificadas, através de estatuto próprio.
Art. 7º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões, 10 de novembro de 1999
Zilton Rocha
Deputado Estadual -PT
Moema Gramacho Paulo Jackson José das Virgens
Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PT
Luís Bassuma Yulo Oiticica Alice Portugal
Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PC do B
JUSTIFICATIVA
A ausência de uma política estadual para as moradias estudantis tem sido um complicador para milhares de jovens que não podem pagar aluguel para dar continuidade aos seus estudos.
É do conhecimento de todos que os estabelecimentos de ensino do nível médio e superior existentes no interior de nosso Estado são insuficientes para dar conta da demanda cada vez mais crescente de pessoas que querem continuar a estudar.
Uma situação comum no Estado é a falta de estrutura educacional na zona rural, o que implica na impossibilidade de crianças e jovens continuarem seus estudos, justificando, desta forma, a necessidade das Residências Estudantis Rurais .
Outro elemento que contribui para justificar esta lei é a pouca opção de cursos oferecidos pelas faculdades regionais, o que faz com que uma parte dos estudantes se desloquem para os grandes centros e em especial para a capital do Estado.
O reconhecimento aos benefícios públicos auferidos pelas moradias estudantis precisam ser restituídos na forma de prestação de serviço de natureza social, com o propósito de valorização e compromisso com a comunidade, por parte dos estudantes beneficiados.
A adoção dos benefícios provenientes desta Lei permitirá que os jovens do interior do Estado possam dar continuidade aos seus estudos e realizar o sonho de exercer uma profissão desejada.
Sala das Sessões, 10 de novembro de 1999
Zilton Rocha
Deputado Estadual -PT
Moema Gramacho Paulo Jackson José das Virgens
Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PT
Luís Bassuma Yulo Oiticica Alice Portugal
Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PC do B
Dispõe sobre a Política de Moradia Estudantil no Estado da Bahia.
Art. 1º - Fica instituída a Política de Moradia Estudantil no Estado da Bahia, nos termos previstos nessa Lei.
Art. 2º - São consideradas como moradias estudantis:
I - As Casas e/ou Residências Estudantis de propriedade do Estado e dos municípios e/ou que com estas mantenham vínculo de gestão administrativa;
II - As Residências Estudantis Rurais de propriedade do município e/ou que com estas mantenham vínculo de gestão administrativa;
III - As Casas Autônomas de Estudantes, administradas segundo estatutos de associação civil com personalidade jurídica própria, sem vínculo com a administração estadual e dos municípios.
Art. 3º- As despesas decorrentes da execução desta Lei serão custeadas pelo projeto/atividade n.º 12.361.055.2694, assistência material e sócio - educativa ao educando, previsto no orçamento anual do Estado.
Art. 4º - Para ter acesso aos benefícios previstos nesta Lei, as Casas e/ou Residências, Residências Rurais e Casas Autônomas, com fins de moradia estudantil, terão que comprovar que estabelecem critérios para a seleção de seus moradores a partir da situação sócio - econômica dos candidatos.
Art. 5º - As Casas e/ou Residências Estudantis, Residências Estudantis Rurais e Casas Autônomas de Estudantes estabelecerão contrapartidas na forma de atividades sociais, culturais e esportivas voltadas para a comunidade de origem da moradia estudantil e, no caso das Casas Autônomas de Estudantes onde a casa se localizar, a serem prestadas pelos estudantes beneficiados por esta Lei.
Parágrafo Primeiro – A contrapartida estabelecida no caput deste artigo não poderá ser realizada através de pagamento financeiro.
Art.6º - Fica garantida a autonomia administrativa das moradias estudantis acima especificadas, através de estatuto próprio.
Art. 7º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões, 10 de novembro de 1999
Zilton Rocha
Deputado Estadual -PT
Moema Gramacho Paulo Jackson José das Virgens
Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PT
Luís Bassuma Yulo Oiticica Alice Portugal
Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PC do B
JUSTIFICATIVA
A ausência de uma política estadual para as moradias estudantis tem sido um complicador para milhares de jovens que não podem pagar aluguel para dar continuidade aos seus estudos.
É do conhecimento de todos que os estabelecimentos de ensino do nível médio e superior existentes no interior de nosso Estado são insuficientes para dar conta da demanda cada vez mais crescente de pessoas que querem continuar a estudar.
Uma situação comum no Estado é a falta de estrutura educacional na zona rural, o que implica na impossibilidade de crianças e jovens continuarem seus estudos, justificando, desta forma, a necessidade das Residências Estudantis Rurais .
Outro elemento que contribui para justificar esta lei é a pouca opção de cursos oferecidos pelas faculdades regionais, o que faz com que uma parte dos estudantes se desloquem para os grandes centros e em especial para a capital do Estado.
O reconhecimento aos benefícios públicos auferidos pelas moradias estudantis precisam ser restituídos na forma de prestação de serviço de natureza social, com o propósito de valorização e compromisso com a comunidade, por parte dos estudantes beneficiados.
A adoção dos benefícios provenientes desta Lei permitirá que os jovens do interior do Estado possam dar continuidade aos seus estudos e realizar o sonho de exercer uma profissão desejada.
Sala das Sessões, 10 de novembro de 1999
Zilton Rocha
Deputado Estadual -PT
Moema Gramacho Paulo Jackson José das Virgens
Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PT
Luís Bassuma Yulo Oiticica Alice Portugal
Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PT Deputado Estadual -PC do B
segunda-feira, 8 de junho de 2009
HINO DAS CASAS DE ESTUDANTES DO BRASIL.
Eu quero um teto (Célia Mares)
Passando pela rua eu vi uma casa
Por fora nem dá gosto de se ver
Mas ao cruzar a porta se percebe
Que existe um mundo inteiro pra viver
A Universidade é só um passo
Pra se encontrar com toda a confusão
E ao mesmo tempo para nós só o começo
Pra se pensar num plano pra nação
Eu quero um teto não só pra morar
Eu quero afeto
Não deixe a casa desabar
No corredor à frente a esperança
Caindo aos pedaços, mas ali
Na sala de estudo uma lembrança
Dos nossos velhos tempos sem dormir
Deixei pra trás família e a descrença
E hoje posso ver que vou mudar
Já sei fazer um sonho de concreto
Mas falta o cimento para juntar
Eu quero um teto não só pra morar
Eu quero afeto
Não deixe a casa desabar
Os sábios do passado me mostraram
Mas foi na raça que eu consegui
Abrir a mente, a porta e as janelas
E hoje mora um universo em mim
Mas é preciso mais que um projeto
Saber lutar, paixão, corpo febril
Buscando erguer o hoje em solo fértil
Pras casas de estudantes do Brasil
Eu quero um teto não só pra morar
Eu quero afeto
Não deixe a casa desabar.
Passando pela rua eu vi uma casa
Por fora nem dá gosto de se ver
Mas ao cruzar a porta se percebe
Que existe um mundo inteiro pra viver
A Universidade é só um passo
Pra se encontrar com toda a confusão
E ao mesmo tempo para nós só o começo
Pra se pensar num plano pra nação
Eu quero um teto não só pra morar
Eu quero afeto
Não deixe a casa desabar
No corredor à frente a esperança
Caindo aos pedaços, mas ali
Na sala de estudo uma lembrança
Dos nossos velhos tempos sem dormir
Deixei pra trás família e a descrença
E hoje posso ver que vou mudar
Já sei fazer um sonho de concreto
Mas falta o cimento para juntar
Eu quero um teto não só pra morar
Eu quero afeto
Não deixe a casa desabar
Os sábios do passado me mostraram
Mas foi na raça que eu consegui
Abrir a mente, a porta e as janelas
E hoje mora um universo em mim
Mas é preciso mais que um projeto
Saber lutar, paixão, corpo febril
Buscando erguer o hoje em solo fértil
Pras casas de estudantes do Brasil
Eu quero um teto não só pra morar
Eu quero afeto
Não deixe a casa desabar.
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