Estudantes fazem o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) neste domingo, 8. Na Bahia, 49.088 universitários fazem a prova. No Brasil esse número é de 1,1 milhão. O clima no Colégio Estadual Odorico Tavares, no Corredor da Vitória, antes da aplicação do exame, era de que a maioria iria realizar a prova, mas integrantes do Diretório de Estudantes da Ufba tentavam convencer os alunos a boicotar a avaliação. Eles distribuíram adesivos dizendo "Nota zero para o Enade, boicote já. Por uma avaliação de verdade".
O estudante de Direito da Ufba, Wanderson Pimenta, aderiu ao boicote. Ele deixou a sala com o tempo mínimo de 30 minutos e disse que respondeu apenas uma pergunta sobre quilombolas "por simpatizar com a causa". "O Enade é uma forma de mascarar as falhas do ensino superior, tentando colocar a culpa no ensino da universidade, sendo que a culpa não é só da universidade, mas também da política pública do país". Ele defende que o Ministério da Educação (MEC) faça um outro tipo de avaliação que também observe aspectos como pesquisa e extensão nas universidades.
Enquanto Wanderson se negou a realizar a prova, alguns alunos ficaram chateados ao chegar atrasados. Foi o caso da aluna de Contabilidade da Unicenid, Edvânia dos Santos, que saiu às 9h de Candeias de ônibus, no meio do caminho seguiu de táxi, mas chegou com um minuto de atraso e encontrou os portões fechados.
O coordenador da prova no Odorico Tavares, Manoel Calazans, disse que quem não realizou o exame não terá o diploma de conclusão do curso liberado. "Não tem como justificar a ausência. O aluno que não chegou a tempo será convocado para o Enade do ano seguinte e fará uma prova diferenciada com questões do ano anterior". O exame também é voltado para estudantes do primeiro ano de faculdade.
*Com redação de Paula Pitta A TARDE On Line
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