O anúncio foi feito pelo secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação, Helvécio Miranda Magalhaes Jr., durante ato político Em defesa de 50% do Fundo Social do Pré-sal para Educação do 38º Congresso da UBES, realizado neste sábado, 12, no Mineirinho. A medida é uma reivindicação histórica, pois Belo Horizonte é única cidade do país que ainda não concede o beneficio aos estudantes.
"Até fevereiro, após dialogarmos com as entidades, vamos apresentar à Câmara o projeto de lei, resgatando essa dívida histórica com os estudantes de BH", afirmou o secretário, que representou o prefeito Marcio Lacerda no ato.
Também participaram do ato político Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social; Haroldo Lima, presidente da ANP (Agência Nacional de Petróleo); Jô Moraes, deputada federal (PC do B-MG); Reginaldo Lopes, deputado federal e presidente do PT-MG; os deputados estaduais Carlos Gomes e Carlim Moura; Macaé Maria Evaristo, secretária Municipal de Educação; Cristina de Castro, secretária geral da Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino); Ismael Cardoso, presidente da UBES; Augusto Chagas, presidente da UNE; e Hugo Valadares, presidente da ANPG (Associação Nacional dos Pós-graduandos).
Em seu pronunciamento, o presidente da ANP, Haroldo Lima, lembrou que o memorável slogan O Petróleo é nosso foi criado em uma assembleia conjunta entre a UNE e a UBES e destacou que é a favor da reivindicação do movimento estudantil de que 50% dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal sejam destinados à educação. "Precisamos reforçar a educação da juventude em um nível muito elevado", afirmou.
Já o ministro Patrus Ananias, relembrou sua trajetória no movimento estudantil, que teve início em 1966, e afirmou que "esse encontro [Congresso da UBES] me fez sentir renascer no coração a certeza de que estou no caminho certo", disse, destacando ainda que o petróleo é instrumento de afirmação da soberania do Brasil e que o pré-sal será fundamental para a emancipação do povo brasileiro.
Citando Monteiro Lobato, um grande defensor do petróleo brasileiro, o presidente da UBES, Ismael Cardoso, ressaltou que o próximo período será de muita luta para o movimento estudantil. "Os estudantes e a sociedade vão ter que ocupar as ruas para dizer que o petróleo é nosso e será usado na educação", disse.
Fazendo coro à afirmação do líder secundarista, o presidente da UNE, Augusto Chagas, falou que chegou a hora da juventude acreditar que é possível transformar o Brasil. "Isso se dará por meio dessa riqueza fundamental que é o pré-sal."
Para garantir que a partilha dos recursos do Fundo do pré-sal contemplem a educação, a deputada federal Jô Moraes convocou todos os estudantes a cobrarem os parlamentares que estão discutindo o assunto na Câmara.
Para reafirmar a importância de garantir a destinação dos recursos para a educação, foi realizada uma partilha durante o ato, com a entrega de um barril de petróleo simbólico aos membros da mesa e a um estudante de cada Estado do país.
Em defesa da meia entrada
O ato contou ainda com uma manifestação em defesa da meio entrada. Numa carta, em que pede uma nova legislação para a meia entrada no país, a UBES convocou os estudantes brasileiros "a unificar a sua voz junto ao Congresso Nacional para reconquistarmos o direito pleno à meia entrada."
O ato político foi finalizado com a apresentação do Hino da Independência nas belíssimas vozes de Lilian Assunção e Paulo Henrique, da Associação de Músicos do Coral Lírico de Belo Horizonte.
Congresso: plenária final
Cerca de 2.300 estudantes de todas as regiões do país participam até domingo, 13, do Congresso que acontece na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Eles terão a missão de escolher o novo presidente e a nova diretoria da entidade sexagenária.
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